Dicas e roteiros de viagem pela América Latina

Por Murilo Pagani

Chichén Itzá [México]: 4 dicas para o seu passeio

“E por acaso vocês imaginam qual era o destino dos derrotados?”, perguntou o guia que nos acompanhava pela Cidade Maia de Chichén Itzá, após uma breve explicação sobre o Jogo de Bola Mesoamericano.

Apesar de muitos imaginarem qual era a resposta, ninguém do grupo se atreveu a falar. Aguardamos mais alguns segundos para que o jovem guia mexicano pudesse finalizar: “Muitas vezes, os derrotados tinham como destino a morte. Eram sacrificados para servir como oferenda aos deuses”.

É esse e muitos outros fatos fazem a Cultura Maia despertar o interesse de muitas pessoas ao redor do mundo. Como não poderia deixar de ser, uma das melhores maneiras de conhecer mais sobre esse povo é viajando até os lugares onde eles viveram.

E, nesse quesito, nenhum outro sitio arqueológico Maia é tão procurado como Chichén Itzá, no México.

Declarada como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1988 e eleita em 2007 como umas das Sete Maravilhas do Mundo Moderno, a antiga cidade de Chichén Itzá recebe anualmente mais de um milhão de turistas. 

E, sem dúvida, é um lugar que deve estar no seu roteiro de viagem pelo México.

# Dicas para seu passeio a Chichén Itzá

1- Onde fica?
2- História de Chichén Itzá
3- Como chegar em Chichén Itzá?
4- Passeios para Chichén Itzá
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1- Onde fica?

Chichén Itzá está localizada no município de Tinum, no estado de Yucatán, aproximadamente três horas de carro da Riviera Maya.

Em qualquer um dos três principais destinos do caribe mexicano – Cancún, Playa del Carmen e Tulum – você conseguirá um passeio bate-volta para as ruínas maias. 

Porém, contrariando as distâncias entre cada rota, a maior ofertas de tours será inversamente à quilometragem a ser percorrida. Ou seja, é mais prático ir para Chichén Itzá desde Cancún do que saindo de Tulum.

» Cancún: 200 quilômetros.
» Playa del Carmen: 185 quilômetros.
» Tulum: 150 quilômetros.

onde fica Chichén Itzá?

Chichén Itzá

2- História de Chichén Itzá

A primeira imagem que nos vem à cabeça ao falar de Chichén Itzá é a famosa Pirâmide de Kukulcán, também chamada de El Castillo – a construção da imagem acima.

E, de fato, essa é a construção mais imponente de toda a zona arqueológica.

No entanto, Chichén Itzá possui muitas outras áreas interessantes e cheias de história. Como por exemplo, o Campo de Pelotas, que é o maior da Mesoamérica; o Templo dos Guerreiros e o Cenote Sagrado – onde muitas oferendas, incluindo sacrifícios humanos, eram despejadas.

Ou seja, mais do que apenas uma pirâmide, Chichén Itzá era uma cidade. Aliás, umas das importantes durante a civilização maia.

Durante a sua história, a cidade maia passou por diversas fases. Inclusive, foi atacada e invadida diversas vezes por outros povos que disputavam espaço e poder na região.

Enfim. A história de Chichén Itzá é cheia de altos e baixos, incluindo diversas curiosidades que tornam esse lugar ainda mais fascinante.

No entanto, para não atrapalhar o ponto alto do seu passeio, não entregarei mais nenhum detalhe sobre seu passado.

história Ruínas Maias

Pirâmide de Kukulcán, a mais famosa do Sítio Arqueológico

passeios para Chichén Itzá

Templo de los Guerreros

3- Como chegar em Chichén Itzá?

Localizado no estado de Yucatán, a aproximadamente três horas da Riviera Maya – cerca de 250 quilômetros – chegar em Chichén Itzá é relativente fácil.

Para quem quer ir por conta própria, há ônibus da empresa ADO que saem das três principais cidades do caribe mexicano: Cancún, Playa del Carmen e Tulum.  Você pode consultar os horários, preços e tempo de percurso no site da ADO.

Os viajantes que prezam por liberdade de horário podem alugar um carro. Além das estradas serem boas, você poderá se programar para chegar antes dos grupos de excursão e, com sorte, conhecer o local com menos movimento.

Ainda assim, mesmo que você vá até lá por conta própria, recomendo que você contrate um guia para te acompanhar dentro do sítio arqueológico. Afinal, parte da magia do lugar está nas histórias e curiosidades que você escutará.

Por fim, a maneira mais comum para ir a Chichén Itzá é com os passeios bate-volta que saem diariamente de Cancún, Playa del Carmen e Tulum.

4- Passeios para Chichén Itzá

De um modo geral, os passeios bate-volta para Chichén Itzá têm um bom custo-benefício.

Além de incluir o transporte de ida e volta até às ruínas maias, os tours costumam incluir outras duas paradas no itinerário: em algum cenote (na hora da ida) e na cidade de Valladolid (na volta).

Além disso, os passeios também têm acompanhamento de guia durante todo o percurso, e muitos tours incluem um almoço típico no pacote.

Apesar de variar de acordo com a agência e com as comodidades incluídas no passeio, espere pagar entre US$ 60,00 e US$ 75,00 por este tour que dura um dia inteiro.

Como nem tudo são flores, vale lembrar que nesse tipo de passeio você fica preso aos horários estipulados pela empresa que contratou.

Como comprar seu passeio?

Em qualquer destino do caribe mexicano você encontrará diversas agências, hotéis e até mesmo guias independentes que oferecem o passeio bate-volta para Chichén Itzá.

Portanto, é possível contratar o seu tour quando chegar ao destino. Neste caso, recomendo apenas que você faça a reserva com pelo menos dois dias de antecedência.

De qualquer forma, se você gosta de deixar tudo organizado antes de sair de casa, você pode comprar seu passeio através do site da Get Your Guide.

Uma grande vantagem de você contratar seu passeio através deste site é que você poderá comparar diversos tipos de tours e roteiros. 

Inclusive, há um passeio exclusivo que sai mais cedo do que a maioria dos tours. Consequentemente, chegando em Chichén Itzá pela manhã você terá duas grandes vantagens.

A primeira vantagem é que o parque ainda não estará tomado pela multidão de forasteiros que ocupam cada centímetro quadrado durante à tarde. E segundo, é que o sol ainda não estará a pino, tornando o passeio muito mais agradável.

Se acaso esse tipo de passeio te interessa, clique aqui para mais informações.

Murilo Pagani
Introvertido de carteirinha com picos de sociabilidade quando necessário ou depois de alguns goles de cerveja. Queria saber escrever bonito, mas cultivo um enorme apego à desculpa de que sou originalmente de exatas para justificar a minha falta de dedicação em combinar as palavras uma depois da outra. Espero que entenda!
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Comentários:
Bruno M de disse:

Quanta história interessante esse guia deve ter contado a vocês sobre Chichén Itzá! O México tem tanta cidade e paisagens incríveis para visitar. Bom saber que num bate e volta dá para visitar todo o complexo, ótimas dicas.

Murilo Pagani disse:

Dá para visitar em um dia, sim, Bruno!

Abraço

VICTORIA disse:

Um dos países que tenho mais vontade de conhecer é o México e, como sou louca pela lista de patrimônios mundiais da UNESCO, amei sua dica de visitar Chichén Itzá. As informações estão ótimas, bem diretas e claras, amei e não vejo a hora de usar.

Murilo Pagani disse:

O México é um dos meus países favoritas na América Latina, Victoria.
E, sem dúvida, Chichén Itzá não pode ficar de fora do roteiro!

Abraço

ana disse:

Sempre quis visitar o Chichén Itzá, espero que eu vá em breve e vou usar suas dicas!

Murilo Pagani disse:

Vale muito a pena, Ana!

Abraço

Marina disse:

Ótimas dicas para visitar Chichén Itzá! Acho que esses lugares cheios de história sempre são mais bem aproveitados com guia né? Até hoje me arrependo de ter visitado as ruínas de Pompéia por conta própria…

Murilo Pagani disse:

Oi Marina, tudo bem?

Que bom que gostou das dicas de Chichén Itzá! 🙂

Realmente, estes lugares são melhor ir com guia mesmo! Faz toda a diferença.

Abraço

Eu fui pra esse lugar fantástico há uns 20 anos e amei. Tanta história né? Adorei você começar com o jogo de quadribol deles hahaha

Murilo Pagani disse:

Eu adorei Adriana!
Imagino que quando você foi a Chichén Itzá ainda era bem menos tumultuado, né?!

Abraço

Dulce disse:

Conhecemos Chichén Itzá em maio e, sinceramente, por mais impressionante que seja o lugar, não foi o melhor sítio arqueológico que conhecemos. O que nos fez perder o encanto foi a quantidade de barracas e de vendedores dentro do sítio que oferecem todo tipo de artesanato que se possa imaginar! Se tornou cansativo dizer “no, gracias” centenas de vezes. Também foi o lugar mais caro (convertendo para nossa moeda, algo próximo dos R$100) e com maior número de turistas.
Fomos por conta própria e o guia cobrava aproximadamente R$200 por um grupo de até 6 pessoas. Como encontramos pessoas dispostas a dividir, não saiu muito caro. Mas não recomendo de forma alguma economizar com isso.
Depois também fomos ao cenote Ik-Kil, recomendado pelo guia e localizado há uns 4 km de distância. Lindíssimo, mas socado de gente!
Pra quem gosta de lugares vazios, tem que ir com paciência. Tirar fotos sem pessoas ao fundo é uma tarefa quase impossível. Mas vale a pena conhecer.

Murilo Pagani disse:

Oi Dulce, tudo bem?

Muito brigado por compartilhar a sua experiência!

Abraço

marianne disse:

Merecidamente ela foi eleita uma das novas maravilhas do mundo! Um lugar lindo e cheio de história! Tenho vontade de conhecer!

Murilo Pagani disse:

Tenho certeza de que irá se impressionar Marianne!!!

🙂 🙂 🙂

Abraço