Dicas e roteiros de viagem pela América Latina

Por Murilo Pagani

Viajar sozinho: Sobre as pessoas, surpresas e recordações que isso me traz

Viajar sozinho - surpresas

La Casa del Árbol, em Baños, no Equador

Minha primeira viagem solo foi em 2013 – uma trip pela a Patagônia que começou e terminou em Buenos Aires.

Depois desta viagem inesquecível, viajar sozinho se tornou um hábito na minha vida. Inclusive, acho que dá pra contar nos dedos de uma mão em quantas ocasiões viajei acompanhado depois disto.

É claro que algumas das vezes que viajo sozinho é por pura falta de companhia para os destinos e datas que pretendo ir. Porém, admito que viajar sem conhecidos ao meu lado é uma das minhas grandes paixões na vida.

Em poucos dias embarcarei para mais uma viagem assim. E, mesmo já tendo viajado sozinho muitas vezes, sempre fico ansioso antes da partida.

E não é apenas uma típica ansiedade de pré-viagem, é algo que vai além disso. Uma expectativa pelas coisas que podem acontecer e que, de um modo geral, raramente acontecem quando estou viajando acompanhado.

E desta vez não está sendo diferente. Pelo contrário, a ansiedade ganhou um agravante pelo fato de que voltarei para a cidade onde tomei gosto por este tipo de viagem, Buenos Aires.

Embora eu consiga imaginar algumas coisas que provavelmente acontecerão, são as situações imprevisíveis que causam esta ansiedade. E são elas também que normalmente rendem as melhores histórias e lembranças.

Por exemplo. Já me imagino descendo do ônibus em um ponto errado e tendo que caminhar muito mais por isso. Mas será que terei alguma ajuda voluntária como a que aconteceu em Bogotá? Quando, ao invés de simplesmente me responderem qual caminho seguir, os policiais me deram uma carona pois achavam que aquela região não era segura para um turista solitário.

Também me imagino conhecendo novas pessoas no hostel em que vou ficar. Mas será que alguma delas terá morado em Itatiba – uma pequena cidade do interior de São Paulo onde estudei e trabalhei por muitos anos, e que também já foi a casa de uma colombiana que conheci no Equador?

Aliás, ainda sobre as possíveis amizades iniciadas em hostel, quem serão aqueles que poderão me fazer esquecer das atrações turísticas quando o papo e a diversão com eles é muito melhor?

Aproveito para mandar um abraço para a Steph e o Diego, colombianos de Santa Marta e parcialmente responsáveis para que eu ficasse bem menos tempo do que pretendia em Cartagena. E claro, outro para a Carol, cuiabana com coração paulistano que conheci em Buenos Aires e se tornou uma grande amiga.

Também já me imagino comendo em alguns restaurantes que pesquisei de antemão. Mas qual se tornará o meu favorito, que eu nunca tinha ouvido falar e foi indicado por um novo amigo, como o Café Zorba, em Medellín?

Fico pensando quem serão as pessoas que podem me fazer companhia em longas horas de viagem de ônibus, fazendo com que eu nem perceba o tempo passar. Ou então, aquelas que farão um simples voo de Buenos Aires a São Paulo parecer interminável, como a criança birrenta que se sentou ao meu lado na volta daquela minha primeira viagem sozinho.

E óbvio que me imagino conhecendo muitos lugares e atrações da capital argentina. Porém como será a sensação de revisitar alguns deles e quais são as novas surpresas que me esperam? É essa incerteza que me causa tanta ansiedade, e que me faz gostar ainda mais de viajar sozinho.

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Murilo Pagani
Introvertido de carteirinha com picos de sociabilidade quando necessário ou depois de alguns goles de cerveja. Queria saber escrever bonito, mas cultivo um enorme apego à desculpa de que sou originalmente de exatas para justificar a minha falta de dedicação em combinar as palavras uma depois da outra. Espero que entenda!
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Comentários:
Lucilene Azevedo disse:

Murilo, boa tarde.

Amei seu post. Você conseguiu expressar tudo que me motiva a viajar sozinha. São emoções que parecem simples quando contamos aos amigos, mas só quem ama viajar entende. Por coincidência estou de viagem marcada para Colômbia e seus comentários me animaram ainda mais.

Viajar é uma das melhores formas de conhecer lugares dentro e fora de nós.

Obrigada por compartilhar.

Um abraço!

Murilo Pagani disse:

Oi Lucilene, tudo bem?

Fico feliz em saber que gostou do post!
Que saudaaade que eu tenho da Colômbia… Quero muito voltar em breve!

Aqui no blog tem bastante dicas de lá! Espero que te ajude!

Abração!

PS: Depois volta pra me contar como foi a viagem! 😉

Lucilene disse:

Obrigada, Murilo.

Até breve!

Andrea disse:

Vantagens e desvantagens, como tudo na vida. Mas o grande barato dessa leitura é dar aos viajantes de primeira viagem o empurrãozinho que muitos deles precisam para poder encarar um voo solo.
Ja fiz inúmeras trips sozinhas e digo sem meso: vá galera. O Mundo é um lugar muito acolhedor.

Murilo Pagani disse:

Exatamente, Andrea!!!

Abraço

Marcos disse:

Murilo, muito bacana o seu texto (como os outros também).

Parabéns. 🙂

Realmente é uma coisa para se pensar. . . Nos prós e contras de se viajar sozinho.
Pois indo acompanhado, você acaba ficando “fechado” na pessoa que te acompanha e muitas vezes perdendo de travar conhecimento com as pessoas locais, enriquecendo a viagem. Ainda mais se for namorado(a). Rsrsrrsr

Abração.

Marcos

Murilo Pagani disse:

Oi Marcos!

Exatamente… Como qualquer coisa na vida, viajar sozinho tem vantagens e desvantagens! hehehe

Abraço