Não faço a mínima questão de lembrar de certos detalhes da minha SEGUNDA viagem independente, mas…
Foram tantas desventuras desnecessárias, que daria pra produzir um filme digno de estar na disputa pelo Oscar. Na categoria de “Melhor Drama”, claro.
Ok… Talvez seja um pouco de exagero. Porém, o fato é que depois de ter feito uma primeira viagem independente relativamente bem sucedida, com apenas um ou outro perrengue divertido, achei que isso se repetiria durante minha segunda viagem, que por sinal, foi pela Patagônia.
Doce ilusão. Não poderia estar mais enganado…
Descobri da pior forma que o lema “depois que passa a gente ri” não é 100% verdadeiro. Afinal, certas situações continuam nos angustiando mesmo depois de meses de ter ocorrido.
Por mais que eu não fizesse questão de me lembrar, até hoje uma amiga me recorda do e-mail desesperado que a enviei, pedindo para que ela recarregasse alguns dólares no meu cartão pré-pago. Isso sem falar que, mesmo ela tendo me emprestado dinheiro, eu ainda extrapolei no cartão de crédito e precisei arcar com os custos no mês seguinte quando voltei de férias. Bem naquele mês que nós não recebemos salário.
Mas tudo bem… Esse tipo de coisa a gente esquece depois que conseguimos quitar todas as dívidas.
Porém, o que volta e meia ressurge quando pego meu álbum de fotos dessa viagem, é a frustração por não ter conseguido fotografar todos os lugares que gostaria. No meio do caminho precisei ir cortando alguns dos destinos que mais me motivaram a viajar por estas bandas. Um tanto tragicômico, já que não fiz questão de me organizar como deveria pois achei que fazer um roteiro detalhado iria “engessar” a minha viagem.
Mas tudo bem… A Patagônia é um destino tão apaixonante, que tenho certeza de que voltarei outras vezes. Ou ao menos espero!
Só não voltarei para algumas acomodações onde me hospedei durante essa viagem. Se é que dá pra chamar alguns dos lugares que fiquei de acomodação. Acho que foi quando eu entendi que, de fato, não podemos acreditar em tudo o que vemos na internet.
Enfim… Apesar de até hoje me lembrar de todas estas roubadas que eu não teria feito a mínima questão de ter passado, eu também me recordo de um desejo que passei a sentir logo depois desta viagem: a vontade de compartilhar estas experiências om outros viajantes, para que eles não cometessem besteiras desnecessárias – e muitas vezes caras – durante as suas viagens.
E cá estou eu, realizando este desejo há quatro anos com o Volto Logo. E agora, muito contente em poder te apresentar também o Roteiro Sem Erro.