Um texto para falar um pouco sobre o que já fiz e como tudo está conectado!
Feirante, Engenheiro Civil, Blogueiro de Viagem e agora Planejador Financeiro.
Necessariamente nesta ordem.
Neste caso, ao contrário do que os professores de matemática ensinam na hora de multiplicar, a ordem dos fatores altera, sim, o produto.
Embora sejam áreas de atuação completamente diferentes, olhando em retrospecto é fácil enxergar a ligação entre elas.
Seja pelas habilidades que desenvolvi em cada uma destas etapas ou pelas pessoas que conheci durante o caminho, eu provavelmente não teria exercido todas estas profissões caso alguma delas não tivesse precedido a outra.
E não dá para começar essa história sem ser pelos meus pais.
Afinal, a profissão de feirante, que eles exercem até hoje, veio deste contexto familiar.
Como eu comecei ajudá-los na barraca de frutas e legumes quando ainda era pequeno, desde cedo fui exposto a três particularidades que acredito terem sido o pontapé para as demais profissões.
A primeira, foi o dinamismo da vida como autônomo, incluindo todas as vantagens e os pormenores que ela traz.
A segunda, foi o contato com o dinheiro, na forma literal mesmo, pegando em moedas e notas de papel na hora de receber o pagamento pela mercadoria.
E a terceira, foi o hábito de fazer contas, seja para voltar o troco para um freguês ou para somar as despesas e o movimento do final de semana.
Inclusive, talvez tenha sido essa familiaridade com os números o que me levou a cursar engenharia na faculdade.
Até então, eu não tinha nenhuma predileção profissional, e a ideia de ingressar em uma universidade só começou a ser assunto nos últimos anos da educação básica.
Mesmo tendo estudado a vida inteira em escola pública, eu fiz o ensino médio em uma Etec e lá os professores falavam destas coisas.
Como eu levava mais jeito com as disciplinas de exatas, cursar Engenharia foi o que me pareceu mais razoável.
Optar pela Civil foi uma mera casualidade.
Eu queria Química, mas a minha nota do Enem só era suficiente para uma bolsa do Prouni no curso de Civil.
Pois que assim seja.
E foi ótimo.
Com o boom imobiliário, lá em 2009, eu consegui um estágio logo no segundo semestre da faculdade e durante os 5 anos seguintes eu trabalhei com execução de obras prediais.
Nesta época, enquanto na sala de aula as integrais e derivadas ditavam o ritmo dos estudos, o canteiro de obras me exigia outra habilidade que eu nem sequer imaginava que precisaria: comunicação.
Era o tempo dos rádios Nextel, e uma das minhas funções era tornar menos caótico o telefone sem fio entre carpinteiros, armadores, pedreiros, eletricistas, encanadores, empreiteiros, compradores, fornecedores, departamento financeiro, de arquitetura e de engenharia.
Sem sombra de dúvidas esse foi o período mais tagarela da minha vida.
Eu estava tão sociável que até topei a proposta de um colega de trabalho para fazer um mochilão pela Bolívia e pelo Peru.
Apesar de nunca ter viajado e sequer pensado sobre isso, como eu precisava pegar férias porque estava no limbo entre o fim de uma obra e os preparativos para começar outra, aceitei.
Tomei gosto pela coisa.
Tomei tanto gosto que coloquei na cabeça que depois que terminasse a faculdade iria passar um tempo viajando.
Acho que foi a partir daí que pensei pela primeira vez sobre Planejamento Financeiro Pessoal – à parte dos orçamentos de obra que já faziam parte do meu dia a dia.
Passei os anos seguintes me organizando para realizar esse sonho e em 2014 embarquei para um período de 11 meses perambulando pela América Latina.
Neste mesmo ano, inclusive, eu criei o blog de viagem Volto Logo, que viria a se tornar a minha ocupação em tempo integral.
Depois de aprender minimamente a combinar as palavras para formar um texto e a monetizar um site, surgiu a necessidade de me estruturar como autônomo.
Por coincidência, quando estava navegando em um dos blogs que me inspiraram a cair no mundo e a criar o meu próprio espaço virtual, o 360 Meridianos, me deparei com os parágrafos de um tal de Eduardo Amuri.
Planejador Financeiro, ele, com programas de acompanhamento que prometiam ensinar Dinheiro Sem Medo e Finanças Para Autônomos.
Fiz a minha matrícula neste último, no comecinho de 2018, e um novo universo sobre como lidar com o dinheiro apareceu naquele instante.
Com uma abordagem pé no chão e realista, aprendi não apenas como organizar a minha vida financeira pessoal e a do meu negócio, mas também a identificar tudo aquilo que de fato é importante ou distração quando se trata de dinheiro.
Desde então, esse olhar externo de um Planejador Financeiro Independente se mostrou essencial para eu ter mais previsibilidade e controle sobre as finanças, e fui me interessando cada vez mais pelo tema.
Até que, em outubro de 2024, tomei a decisão de me matricular na Nossa, uma escola para planejadores financeiros conduzida pelo Eduardo Amuri e pela Vivian Rodrigues, e comecei a atuar nesta área.
E cá estou eu agora, escrevendo uma espécie de curriculum vitae contemporâneo para me apresentar a você, que talvez tenha caído de paraquedas por aqui e quer saber mais sobre como eu vim parar nesta história de ser Planejador Financeiro.
Sobre o futuro, admito não saber se essa será a minha profissão pelos próximos 10, 20 ou 30 anos, mas tenho certeza de que o que vier daqui para frente estará conectado com este novo pedaço da minha vida.
Esse ano o Volto Logo completará 11 anos, sendo que nos últimos 9 foi a minha ocupação em tempo integral.
Desde março, porém, comecei a atuar como Planejador Financeiro Independente.
Caso o assunto seja do seu interesse, sinta-se à vontade para me dar um “Oi” lá no meu perfil do Instagram @omurilopagani.