Entender exatamente onde fica Machu Picchu é fundamental para organizar o roteiro de viagem. Isso porque, chegar à atração peruana mais visitada pelos turistas pode exigir mais tempo do que talvez você tenha imaginado.
Outra particularidade que não deve ser menosprezada durante a viagem é a altitude dos Andes.
Ao desembarcar em Cusco, que é uma das cidades mais próximas de Machu Picchu, o ideal é fazer pelo menos dois dias de aclimatação antes de se iniciar a jornada às Ruínas Incas.
Além disso, ir a Machu Picchu pode ser apenas um dos seus passeios pelo Peru. É claro que a maior representante da civilização Inca será a grande estrela das férias, porém, há outros lugares que podem fazer parte de um itinerário por estas bandas.
Machu Picchu
- Onde fica Machu Picchu?
- História de Machu Picchu
- Melhor época para visitar
- Quantos dias precisam?
- Onde se hospedar?
- Como chegar saindo do Brasil?
- Como ir de Cusco para Machu Picchu?
- Passeios para Machu Picchu
- Ingresso para Machu Picchu
Onde fica Machu Picchu?
Machu Picchu fica no Peru, mais especificamente na região andina, a 2.430 metros acima do nível do mar, no sul do país.
A maior cidade mais próxima de Machu Picchu é Cusco, que está aproximadamente a 100 quilômetros de distância. Apesar de não ser muito, este percurso costuma ser realizado em cerca de 4 horas por causa da dificuldade do acesso.
Além disso, também há pequenos povoados pelos arredores de Macchu Picchu, como por exemplo, Ollantaytambo e Aguas Calientes.
Inclusive, Aguas Calientes é o vilarejo mais próximo da antiga Cidade Inca e de onde saem os ônibus que vão até a portaria do sítio arqueológico.
Por fim, tenha em mente que outras cidades do Peru que também costumam atrair o interesse dos forasteiros estão afastadas de Machu Picchu. Seguem abaixo a distância entre Cusco e outros destinos peruanos:
- Huaraz x Cusco: 1.500 km.
- Lima x Cusco: 1.100 km.
- Huacachina x Cusco: 800 km.
- Nazca x Cusco: 650 km.
- Arequipa x Cusco: 515 km.
- Puno x Cusco: 390 km.
História de Machu Picchu
A história de Machu Picchu é fascinante e cheia de mistérios. Esta cidade antiga, construída pelos Incas no século XV, tem um passado rico que abrange sua construção, seu abandono e sua redescoberta no início do século XX.
O local foi construído durante o governo do imperador Pachacuti Inca Yupanqui, um dos governantes mais importantes do Império Inca. Sua construção começou por volta do ano 1450 e durou aproximadamente 80 anos.
A cidade foi projetada como uma residência real e um centro religioso, com sua localização estratégica nas montanhas dos Andes servindo a vários propósitos.
A posição elevada, por exemplo, oferecia uma vista panorâmica do vale do rio Urubamba, tornando-a uma localização impressionante tanto em termos de beleza natural quanto de defesa estratégica.
Além da função exata de Machu Picchu ainda ser objeto de debate entre arqueólogos e historiadores, o motivo de seu abandono também está longe de ser uma unanimidade.
Alguns estudiosos sugerem que a cidade foi evacuada devido a doenças que se espalharam entre a população inca. Por outro lado, também há outros argumentos de que o local foi abandonado para evitar a captura pelos invasores espanhóis.
Independentemente da razão, Machu Picchu caiu no esquecimento e permaneceu praticamente desconhecida pelo mundo ocidental durante séculos. As selvas densas que cercavam o local rapidamente engoliram as estruturas de pedra, e a cidade desapareceu da memória coletiva.
Foi somente em 1911 que Machu Picchu foi reencontrada pelo explorador estadunidense Hiram Bingham. Bingham, que liderou uma expedição à região e, com a ajuda de guias locais, chegou à cidade escondida.
Desde então, a história de Machu Picchu passou a ser estuada, o local foi declarado Patrimônio Mundial da UNESCO e atualmente é um dos principais destinos turísticos do mundo.
Melhor época para visitar
Via de regra, a melhor época para ir a Machu Picchu é entre os meses de maio a setembro. Isso porque, este é o período mais seco do ano e quando as chuvas dificilmente atrapalharão a viagem.
Outubro e abril são meses de transição e é provável que os aguaceiros deem as caras em algum momento das suas férias. Embora não chova tanto quanto na época mais úmida do ano, basta chover em um único dia – no da sua visita – que a frustração será inevitável.
Já a pior época para conhecer Machu Picchu é entre os meses de novembro e março. Particularmente, não recomendo ninguém a ir neste período por causa da chuvarada constante.
Umidade à parte, é importante dizer que as temperaturas em Cusco e seu arredores é sempre amena-fria, sendo que o termômetro registra uma média anual na casa dos 10ºC.
Durante o inverno, entre junho e agosto, é importante redobrar a atenção com as roupas na mala. Isso porque, além do frio mais intenso, com mínimas podendo cair a 2°C, também a uma grande variação térmica ao longo do dia.
Por fim, por falar em inverno, tenha em mente que durante os meses de junho, julho e agosto é altíssima temporada em Machu Picchu. Portanto, espere encontrar o sítio arqueológico mais tumultuado e preços de hospedagem mais inflacionados.
Além disso, a antecedência nas suas reservas deve ser ainda maior, especialmente para comprar a passagem de trem e o ingresso para Machu Picchu. No caso das entradas ao sítio arqueológico, recomenda-se comprar com pelo menos 8 semana de antecedência.
Quantos dias precisa para conhecer Machu Picchu?
Precisa-se de 1 ou 2 dias para visitar Machu Picchu.
O passeio bate volta saindo de Cusco é possível e viável. Inclusive, é a opção mais utilizada pelos viajantes. Porém, quem pode investir dois dias para essa atividade certamente aproveitará sem tanto cansaço.
O passeio de 1 dia para Machu Picchu começa muito cedo, por volta das 4h da manhã e costuma ser bastante rígido quanto aos horários.
Além da necessidade de acordar de madrugada, as quase 4 horas de viagem de trem para ir de Cusco a Agua Calientes contribuem para o corpo começar a fadigar antes mesmo de entrarmos no sítio arqueológico.
Depois de caminhar por quase 3 horas dentro do sítio arqueológico, quem faz o passeio bate volta precisa encarar ainda mais 4 horas de volta para Cusco.
Por outro lado, o roteiro de quem consegue visitar Machu Picchu em dois dias é menos intenso. Via de regra, a dinâmica, é:
- Ir para Aguas Calientes depois do almoço.
- Pernoitar no vilarejo.
- Visitar Machu Picchu bem cedo, quando o local está mais vazio.
- Almoço em Aguas Calientes.
- Regresso para Cusco.
Ou seja, em um roteiro super-ultra-express dá para fazer uma viagem a Machu Picchu com duração de 4 dias. Porém, na minha opinião, o ideal é dedicar pelo menos uma semana para conhecer a região.
Primeiro, porque ao chegar a Cusco, que está a 3.400 metros acima do nível do mar, o ideal é passar os dois primeiros dias da viagem apenas se aclimatando e realizando passeios leves.
Segundo, porque Cusco e seus arredores têm atrações suficientes para preencher um roteiro de 7 dias.
Onde se hospedar?
De modo geral, os melhores lugares para se hospedar durante uma viagem a Machu Picchu são Cusco e Aguas Calientes, sendo que a estada nesta última é opcional e apenas para quem pretende dedicar dois dias para visitar a antiga Cidade Inca.
Cusco está localizada aproximadamente a 100 quilômetros de Machu Picchu e é uma cidade que respira turismo. Portanto, oferece acomodações de diferentes categorias, restaurantes para todos os paladares e comércios para todos os bolsos.
Particularmente, considero os arredores da Plaza de Armas a melhor região para ficar em Cusco. Afinal, é onde se concentra o burburinho turístico, facilitando assim as andanças durante o dia e a noite.
O preço dos hotéis em Cusco varia bastante de acordo com a época do ano de quanto tempo antes se faz a reserva.
Não deixando para a última hora, dá para se hospedar em excelentes acomodações investindo entre R$ 300,00 e R$ 490,00 por dia, em uma suíte para duas pessoas e com o café da manhã na conta.
Aliás, tanto para encontrar hospedagens de diferentes categorias, como também reservar ofertas especiais, recomenda-se ficar de olho nas promoções do Booking.com.
Inclusive, seguem abaixo alguns lugares para se hospedar na cidade:
- Nao Victoria Hostel ($)
- Amaru Colonial ($$)
- Costa del Sol Wyndham ($$)
- Hotel Rojas Inn ($$)
- El Virrey Boutique ($$)
- Cooper Hotel Boutique ($$$)
- Palacio del Inka ($$$)
Por outro lado, em Agua Calientes a oferta de acomodações é menor e, consequentemente, os preços mais altos.
Ainda assim, como se costuma passar apenas uma noite no vilarejo, é uma comodidade que vale o investimento para fazer o passeio mais descansado.
Seguem abaixo alguns hotéis para se hospedar em Aguas Calientes:
- Mapi Gardens B&B ($)
- Machu Picchu Magna ($)
- Hotel Pucara ($$)
- Inti Punku ($$$)
- Jaya Boutique ($$$)
Como chegar a Machu Picchu saindo do Brasil?
A primeira etapa para chegar a Machu Picchu saindo do Brasil é ir até Cusco, afinal, é lá onde está o aeroporto mais próximo da antiga Cidade Inca.
O maior senão é que não há voos diretos entre o Brasil e o Aeroporto Internacional de Cusco (CUZ). Portanto, será necessário realizar pelo menos uma conexão, sendo que geralmente a troca de aeronave acontece em Lima, a capital do Peru.
A principal companhia aérea para realizar essa viagem é a Latam. Isso porque, a empresa disponibiliza voos diretos de algumas capitais brasileiras até a capital peruana, exigindo assim apenas uma conexão nestes casos.
Além disso, como a Latam também opera a rota Lima x Cusco, o segundo voo será com a mesma companhia aérea, diminuindo assim a chance de dor de cabeça com a conexão no caso de atrasos e cancelamentos com o primeiro voo.
Uma viagem de São Paulo a Cusco, por exemplo, tem duração de aproximadamente 9 horas (já contando o tempo de conexão em Lima) e a passagem custa a partir de R$ 2.500,00.
Além de São Paulo, outras cidades brasileiras que têm voo direto para Lima são Rio de Janeiro e Porto Alegre.
Como ir de Cusco para Machu Picchu?
Após chegar a Cusco se iniciam os dilemas sobre como ir a Machu Picchu.
Aliás, na realidade, ao desembarcar em Cusco você já deve ter resolvido estas dúvidas e decidido como fará este deslocamento. Afinal, tudo deve ser reservado com antecedência.
Apesar de Cusco estar apenas a 100 quilômetros Machu Picchu, o deslocamento é demorado porque não há estrada direta para veículos entre estas cidades. Ou seja, o percurso é realizado de trem ou combinando uma parte de ônibus/vans + trem (bimodal).
Sendo assim, há basicamente três formas de ir de Cusco para Machu Picchu:
- Trem + ônibus (a mais utilizada e confortável).
- Ônibus + trilha 11 km + ônibus (a mais barata).
- Trekkings (a mais aventureira).
Como o trem é o jeito mais prático para ir de Cusco a Machu Picchu, e também a forma que atende a maior parte dos forasteiros, confira a seguir como funciona essa logística.
Trem para Machu Picchu
Antes de tudo, vamos aos esclarecimentos: o trem de Cusco vai até Aguas Calientes, que é o vilarejo mais próximo de Machu Picchu.
Ao desembarcar em Aguas Calientes é necessário pegar um ônibus (30 minutos) para realizar o percurso final até a entrada de Machu Picchu.
De modo geral, o trem de Cusco para Aguas Calientes funciona da seguinte forma:
- Empresas Inca Rail e Peru Rail.
- Duração de 4 horas.
- Há mais de uma categoria e preço de vagão.
- Preço a partir de US$ 70,00 cada trecho.
- Os serviços são muito semelhantes, portanto, escolha a que tiver o melhor horário de saída para o seu roteiro.
Há duas estações de trem que são utilizadas para fazer o trecho entre Cusco e Aguas Calientes: San Pedro e Poroy.
A estação San Pedro é a mais nova e está localizada em pleno centro histórico de Cusco. Já a estação Poroy está um pouco mais afastada do burburinho central, a 12 quilômetros.
Ainda assim, a estação Poroy costuma ser muito utilizada porque eventualmente a estação San Pedro pode estar fechada.
Além disso, também é possível ir de Cusco a Aguas Calientes com um serviço bimodal: ônibus/van + trem. Dessa forma, vai-se pela estrada até o vilarejo de Ollantaytambo e lá se pega o trem para Aguas Calientes.
Estes serviços de bimodal são oferecidos pelas mesmas empresas (Inca Rail e Peru Rail) e o tempo total da viagem é bastante semelhante (4h).
Porém, as passagens podem ser ligeiramente mais baratas e se passa menos tempo no vagão do trem, sendo que o percurso entre Ollantaytambo e Aguas Calientes dura em torno de 1h30.
Por fim, se você pretende conhecer Machu Picchu por conta própria e adquirir todas as passagens e ingressos separadamente, é importante ter ainda mais antecedência na hora de reservar estes serviços.
Passeios para Machu Picchu
Juntar-se a um passeio para Machu Picchu pode ser uma mão na roda para os viajantes que não querem esquentar a cabeça com a logística de contratar vários serviços separadamente e equalizar todos os horários.
Indo por conta própria, por exemplo, é necessário comprar o ingresso, reservar o trem de ida e volta a Aguas Calientes ajustado ao horário da sua visita ao sítio arqueológico e ainda conseguir um guia para percorrer o local.
Aliás, vale ressaltar que atualmente é obrigatório a presença de guia para visitar a área arqueológica. É bem verdade que, na prática, isso não é levado muito a sério. Ainda assim, estar com um profissional do turismo deixará o passeio mais proveitoso.
De modo geral, os passeios de Cusco para Machu Picchu já incluem todos os serviços necessários para atividade, exceto refeições e bebidas que são pagas à parte pelo próprio viajante.
Além disso, as agências turísticas costumam oferecer duas modalidades de passeios: bate volta ou de 2 dias. Neste último, normalmente está incluído o valor de uma diária de hospedagem em Aguas Calientes.
Outra facilidade de ir com um passeio guiado saindo de Cusco é que geralmente se consegue vaga mesmo sem tanta antecedência.
Portanto, quem deixou para se organizar na última hora e não está conseguindo comprar ingresso ou reservar o trem de forma independente, talvez consiga um tour com os receptivos turísticos.
Aliás, por falar em receptivo turístico, é essencial reservar com uma empresa confiável e credenciada.
No site da Civitatis é possível reservar passeio bate volta ou de 2 dias.
Além disso, é possível parcelar o pagamento no cartão de crétido.
Sobre o preço do passeio para Machu Picchu, custa entre US$ 290,00 e US$ 420,00 por pessoa.
De modo geral, este valor já inclui translados terrestres desde o hotel, passagem de trem, ônibus até Machu Picchu, ingresso do sítio arqueológico e hospedagem em Aguas Calientes (no caso do passeio de 2 dias).
Ingresso para Machu Picchu
Deve-se comprar o ingresso para Machu Picchu online e com antecedência, afinal, há limite no número de visitantes diários.
Além de não ser possível comprar na entrada do sítio arqueológico, os ingressos funcionam com agendamento de data e hora, que são escolhidos no momento da compra.
Atualmente, o ingresso padrão para Machu Picchu disponibiliza nove horários de agendamento para entrada no sítio arqueológico, sendo o primeiro às 6h e o último às 14h.
Todas essas medidas visam manter a preservação da Cidade Inca e uma visita menos tumultuada. Na prática, porém, infelizmente não é exatamente isso que acontece. Inclusive, o limite do número de visitantes diários é constantemente reorganizado.
Atualmente, o número permitido de visitantes diários em Machu Picchu é de 3.500. Além disso, há outros ingressos, ainda mais limitados, para quem pretende fazer as trilhas nas montanhas Wayna Picchu, Machu Picchu e Huchuy Picchu.
A antecedência para comprar o ingresso de Machu Picchu varia de acordo com a época do ano. Para viagens durante a altíssima temporada, entre junho e agosto, o ideal é comprar pelo menos 2 ou 3 meses antes.
Além disso, saiba que na hora da compra será necessário escolher a modalidade do ingresso. O ingresso padrão se chama Llaqta de Machu Picchu (Circuito 1, 2, 3 ou 4), sendo que você poderá visitar apenas um destes circuitos.
No site oficial de Machu Picchu, que é o local mais apropriado para comprar o ingresso, há uma descrição detalhada sobre cada circuito. De modo geral, o circuito 1 e o circuito 4 são os mais tradicionais para percorrer.
Por fim, sobre o preço do ingresso para Machu Picchu, o valor é de 152 soles (R$ 200,00).