Dicas e roteiros de viagem pela América Latina

Por Murilo Pagani

Mochilão na América do Sul: 10 dicas essenciais

Meu primeiro mochilão na América do Sul foi em 2011.

Naquela época, eu nem sequer imaginava tudo o que o nosso continente tem a oferecer.

Inclusive, pensei que seria apenas mais uma viagem de férias, e que depois disso eu dificilmente voltaria a viajar para outros destinos sul-americanos que não fosse o Brasil.

Grande engano. Durante a primeira viagem fui fisgado não apenas pelo tal bichinho do viajante, mas por um bichinho que habla castellano e escucha reggaeton.

Consequentemente, depois de entender que nosso território é privilegiado com milhares de paisagens, sabores e aventuras que justificam mais de duas ou três férias, continuei obcecado por fazer mochilão na América do Sul.

E, para que você também conheça e se apaixone por essa imensidão, neste post eu te darei 10 dicas que te ajudarão no planejamento da sua trip.

# Como organizar um mochilão pela América do Sul?

Embora essa região da América Latina tenha suas particularidades, organizar um mochilão pela América do Sul não é tão diferente quanto se planejar para outros destinos. 

Com isso, quero dizer que as etapas a serem seguidas na hora de se planejar são basicamente as mesmas do que para outras viagens internacionais.

1- Documentos necessários
2- Quando ir?
3- Principais destinos para um mochilão na América do Sul
4- Quantos dias ficar?
5- Roteiros de mochilão na América do Sul
6- Como se locomover?
7- Câmbio
8- Segurança na América do Sul
9- Portunhol
10- Comes e bebes

*** Nota: Embora o Brasil obviamente também faça parte da América do Sul, deixarei nosso país de fora deste post por conta das suas proporções continentais e por, normalmente, dedicarmos viagens à parte para conhecer nossas terras.

1- Documentos necessários

Se seu mochilão na América do Sul incluir a Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai ou Venezuela, você pode usar o passaporte ou a nossa carteira de identidade (RG) como documento para migração para viagens a turismo por até 90 dias.

Mas atenção, é importante que o documento de identidade (RG) esteja em bom estado de conservação e que você seja facilmente reconhecido na foto do documento.

Por outro lado, no caso de mochilões para Suriname, Guiana ou Guiana Francesa, você precisará de um passaporte com validade mínima de seis meses a partir do inicio da viagem.

Além disso, outro documento obrigatório para alguns países é o Certificado Internacional de Vacinação Contra a Febre Amarela, que é emitido gratuitamente pela Anvisa.

Atualmente, Bolívia, Colômbia, Equador, Paraguai, Venezuela e Suriname fazem essa exigência. Porém, é sempre bom consultar possíveis mudanças no Portal Consular.

Seguro viagem para América do Sul

Apesar de ser obrigatório apenas no Equador, recomendo que você contrate um seguro viagem independente de qual seja o destino do seu mochilão pela América do Sul.

Aliás, esse é um cuidado que, na minha opinião, devemos ter em qualquer ocasião em que vamos sair do nosso país.

Uma boa plataforma para contratar seu seguro é a Seguros Promo. Lá você encontrará planos de diversas seguradoras que custam a partir de R$ 15,00 por dia de viagem.

Além disso, saiba que utilizando o cupom VOLTOLOGO5 você ganha 5% de desconto. E, fazendo o pagamento através de boleto bancário, pagará mais 5% a menos. Portanto, sua economia pode chegar até 10%.

Se acaso quiser fazer uma cotação online, clique aqui.

2- Quando ir?

Devido as proporções do nosso continente, não dá pra generalizar e falar sobre uma única melhor época para fazer um mochilão na América do Sul. Afinal, tudo vai depender de quais regiões você quer visitar, e de quais atividades pretende fazer no destino.

Para uma compreensão mais profunda sobre este tema, recomendo que leia o post “Qual a melhor época para viajar pela América do Sul?”. De qualquer forma, deixarei um breve resumo a seguir.

Durante o nosso verão, de dezembro a meados de abril, é a alta temporada e boa época para viajar para Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Colômbia, Venezuela, Guianas e Suriname. No entanto, na Bolívia e Peru estes são os meses mais chuvosos e, portanto, baixa temporada.

Maio, junho, julho e agosto são os meses mais concorridos pelos territórios bolivianos e peruanos. Além de claro, começar a temporada de neve em destinos como Santiago e Bariloche – normalmente a partir da segunda quinzena de junho.

Esses meses também podem ser uma boa pedida para quem pretende viajar a Colômbia e ao Equador, pois lá esta é uma estação intermediária e sem grandes prejuízos por conta de chuvas.

Em outubro e novembro deve-se evitar Colômbia, Equador, Guianas e Suriname. Por outro lado, a Patagônia e o Atacama começam a ter um clima mais agradável e não estão superlotados como na alta temporada.

parque tayrona - Colômbia

Parque Tayrona,na Colômbia

3- Os principais destinos para um mochilão na América do Sul

Já aviso: se acaso você sentir falta de algum destino neste tópico não se preocupe, pois isso não quer dizer que não vale a pena visitá-lo.

A questão é que resumir os melhores destinos para um mochilão na América do Sul é extremamente complicado por conta de milhares de possibilidades que existem por aqui. Portanto, considere os lugares que serão mencionados como àqueles mais visitados em cada país.

Na Argentina, Buenos Aires é o clichê perfeito para uma primeira viagem internacional que pode ficar ainda melhor se você incluir outros destinos argentinos no roteiro.

Na Patagônia, o trio calafrio é formado por Ushuaia, El Calafate e El Chaltén.

Ainda na Argentina, na Região dos Lagos, Bariloche, Villa la Angostura e San Martin de los Andes são os destaques.

No centro e noroeste da Argentina, vale a pena dedicar um tempo a Mendoza e Salta, respectivamente.

No território boliviano La Paz, Copacabana – as margens do lago Titicaca – e o Salar de Uyuni compõem um roteiro basicão pelo país.

O Chile, assim como a Argentina, possui destinos de sobra para incluir num mochilão na América do Sul.

A capital Santiago já se tornou há algum tempo uma das queridinhas entres os brasileiros. Abaixo da capital, rumo ao sul do país, Pucón, Puerto Montt, Chiloé e Torres del Paine costumam encantar os viajantes. No extremo norte, quem reina é o Deserto do Atacama.

Para conhecer os principais destinos colombianos, faça um roteiro que inclua ao menos Bogotá, Medellín, Santa Marta, Cartagena e a icônica ilha de San Andrés.

Para mergulhar de vez na cultura colombiana, reserve alguns dias extras para visitar também as vilazinhas do Eje Cafetero (como Salento), e a capital mundial da salsa: Cali.

Em terras equatorianas os destinos que não podem faltar no seu mochilão na América do Sul, são: a capital Quito, a Laguna Quilotoa, o Vulcão Cotopaxi, o Mercado de Otavalo, a histórica Cuenca, a selvagem Baños e claro, a exuberante (e cara) Ilha de Galápagos.

Cuenca, na América do Sul

Cuenca, no Equador

No Paraguai, destino pouco visitado turisticamente pelos brasileiros, Ciudad del Leste é o paraíso e o purgatório das compras.

A capital Assunção revela algumas surpresas mas não tem o encanto de outras metrópoles sul americanas. Já a grande revelação costuma ser as ruínas das missões jesuíticas na América Latina, como as que estão na cidade de Trinidad.

Além disso, o país ainda oferece alguns destinos com natureza privilegiada, como a Eco Reserva Mbatoví e o Lago Ypacaraí.

Caso o Peru faça parte do seu mochilão na América do Sul, pode apostar que vai ter muitos destinos além de Cusco e Machu Picchu.

A histórica Arequipa, além de por si só já valer a viagem, é a porta de entrada para o Cañon del Colca. Famosíssima por conta de sua gastronomia, Lima pode ser uma boa pedida para dois dias numa cidade grande.

Porém, se você está em busca de paisagens naturais ou trilhas, inclua no seu roteiro o passeio até a Montanha Vinicunca, o Parque Nacional de Huascarán, as dunas de Huacachina e as lendárias Linhas de Nazca.

Em um mochilão pelo Uruguai, um roteiro clássico passa ao menos por Montevidéu, Colonia del Sacramento e Punta del Leste. Com mais tempo, dá pra incluir destinos mais afastados como Cabo Polonio e Punta del Diablo.

Na Venezuela, o trio de destaque é Salto Angel, Los Roques e Monte Roraima.

mochilão na América do Sul - Uruguai

Palácio Salvo, em Montevidéu

4- Quantos dias?

Assim como em outros destinos, a quantidade de dias ideal para um mochilão na América do Sul depende de quais lugares você quer conhecer e de quanto está disposto a gastar.

Ou, partindo da outra direção, você pode perfeitamente organizar uma viagem de acordo com o seu tempo disponível.

Importante, no entanto, tomar cuidado para não fazer da sua viagem pela América do Sul uma maratona.

Além de calcular adequadamente o tempo que irá gastar com os deslocamentos, é preciso se atentar que certos destinos possuem uma altitude elevada, e é necessário alguns dias para nosso corpo se acostumar a esta condição.

Ou seja, não podemos achar que vamos a La Paz, por exemplo, e que logo no primeiro dia teremos uma programação intensa e que nos exija muito esforço físico.

mochilão América do Sul pacote

Vulcão Licancabur, no Chile

Leia também: 10 dicas de como fazer um mochilão [Bem Sucedido]

5- Roteiros de mochilão na América do Sul

Antes de qualquer coisa, vale informar que um roteiro de mochilão na América do Sul não necessariamente precisa incluir mais de um país.

É claro que combinar destinos é perfeitamente viável. No entanto, saiba é possível dedicar uma viagem inteira de 20 ou até mesmo 30 dias num único país – principalmente se for para a Argentina, Chile, Peru ou Colômbia.

Em todo caso, se você quer fazer um itinerário para vários países, opte por organizar um roteiro entre cidades que sejam relativamente próximas uma das outras, e que não complique demais sua logística.

Algumas rotas clássicas pela América do Sul, são: Uruguai e Argentina, Argentina e Chile, Bolívia e Peru, além de Colômbia e Equador.

Para mais detalhes sobre estes itinerários leia o texto “7 roteiros de mochilão pela América do Sul” .

Quilotoa - Equador

Laguna Quilotoa, no Equador

Leia também: Como fazer um roteiro de viagem?

6- Como se locomover?

Basicamente de ônibus e avião. Isso porque, a América do Sul não oferece grandes linhas para transporte ferroviário.

Caso prefira fazer todos os deslocamentos voando, comprar uma passagem aérea múltiplos destinos pode ajudar a otimizar seu roteiro e a economizar.

De ônibus, é importante verificar as distâncias a serem percorrida, frequência das linhas, se há ônibus direto entre as cidades que você pretende se locomover e quais as condições das estradas e dos ônibus.

De um modo geral, podemos dizer que Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai oferecem uma excelente estrutura na estrada.

Na Bolívia e Peru é comum ter ônibus em péssimo estado de conservação, algumas empresas atrasam e nem todas as estradas são boas. No entanto, estando disposto investir mais recursos ($$$) é possível encontrar empresas que oferecem melhores veículos e atendimento.

Na Colômbia, o maior problema de se locomover de ônibus é que alguns deslocamentos podem exigir muitas horas na estrada. Porém, entre as grandes cidades os veículos são confortáveis e há várias saídas ao longo do dia. Por outro lado, para chegar a destinos no interior do país, alguns percursos são feitos de van.

No Equador as passagens de ônibus custam uma pechincha, mas é preciso paciência com as paradas constantes para pegar outros passageiros na estrada.

Para não ficar na mão, apesar de em muitos lugares ser possível comprar a passagem de ônibus poucas horas antes da partida, o ideal é que você se informe sobre a sua rota especifica e, se for o caso, comprar com alguns dias de antecedência.

7- Câmbio

A única certeza sobre câmbio num mochilão na América do Sul, é: não compre as moedas dos países que irá visitar no Brasil.

Com exceção do Equador, que utiliza o dólar americano como dinheiro oficial, comprar a moeda dos demais países em território brasileiro será um péssimo negócio.

Entre levar real ou dólar, normalmente o dólar costuma ter uma cotação mais vantajosa quando formos trocá-lo no destino final. Principalmente em lugares muito turísticos, como o Atacama e a Patagônia.

Ainda assim, o ideal é que você faça as contas utilizando as cotações da época da sua viagem.

Por outro lado, se a viagem é de até uma semana para apenas uma capital como Buenos Aires, Montevidéu ou Santiago, eu costumo levar reais. Isso porque, como a concorrência entre as casas de câmbio de grandes cidades costuma ser maior, as conversões para o dinheiro brasileiro tendem a ser favoráveis.

Além de dinheiro em espécie, outras formas de levar suas verdinhas é com um cartão pré-pago do tipo Visa Travel Money, ou um cartão de crédito tradicional.

Lembrando, porém, que este último além da taxa de 6,38% de IOF, não é tão usado quanto no Brasil. Antes de consumir algum produto ou serviço, é sempre bom se informar se o estabelecimento aceita esta forma de pagamento.

Leia também: Qual a melhor moeda para levar numa viagem pela América do Sul?

8- Segurança

Já vivemos na América do Sul e em um país com taxas de violência urbana assustadoras. Porém, isso não significa que você não deva estar atento quando for a outros países. Afinal, aproveitadores de turistas desinformados estão por todas as partes.

Furtos de carteiras, celulares e câmeras fotográficas são os problemas mais comuns enfrentados pelos viajantes.

Não importa se você está em Santiago, Cartagena ou La Paz, é importantíssimo que você não fique de bobeira com seus pertences de valor. Principalmente em locais onde há aglomeração de pessoas – como, por exemplo, no transporte público.

Além disso, em viagens noturnas de ônibus eu sempre fecho minha mochila de mão com cadeado, e a ponho ao lado dos meus pés ao invés de colocá-la no compartimento superior de dentro do veículo.

Outra informação que eu trago com grande tristeza e que as mulheres já devem imaginar é que sim, a América do Sul é predominantemente machista.

Não sou a pessoa mais adequada para dar alguma recomendação sobre este assunto pois nunca sofri nenhum tipo de assédio. Porém, conversando com algumas colegas, elas me contaram que em países como a Bolívia e Peru, o comportamento machista é ainda mais presente.

Como? Desde perguntas do tipo “Mas você é tão linda e viajando sozinha?” e “Onde está o seu namorado?”, à “convites para jantar”.

Se você quiser a opinião de outras mulheres que já viajaram bastante pela América do Sul, recomendo os seguintes perfis do Instagram: @amandanoventa, @fuigosteicontei, @omelhormesdoano, @raizesdomundo e @viajandocomgabi.

Manifestações e protestos durante a viagem

Outra questão a ser considerada na hora de organizar um mochilão na América do Sul é consultar a situação política do país no momento.

Depois de anos de relativa estabilidade na maioria dos destinos, desde meados de 2016 a América Latina voltou a sofrer um colapsos generalizados.

A verdade, porém, é que muitas destas crises têm seu estopim sem aviso prévio. Normalmente, quando isso acontece o viajante já tem toda uma viagem planejada.

Se acaso isso acontecer com você, acompanhe diariamente as notícias sobre o destino e tente se informar com outros viajantes que estão no país naquele momento. (Os grupos de Facebook são ótimos para isso!)

Caso ainda esteja começando a organização das férias, considere trocar de destino.

Por fim, se te deixa mais seguro saber, já viajei por mais de 15 países latino-americanos, incluindo alguns com alta taxa de violência, como El Salvador e Honduras, e nunca tive NENHUM problema relacionado com minha segurança física e nem mesmo de furto.

viajar pela América do Sul de Mochilão - Dicas

Baños, no Equador

Leia também: 7 roubadas (clássicas) em uma viagem pela América do Sul

9- Portunhol

Fazer um mochilão na América do Sul é uma ótima oportunidade para praticarmos o bom e velho portunhol. Ou ainda, se você já tiver passado da fase “Pagar con cartón”, poderá aprimorar o seu castelhano.

Apesar de ser perfeitamente possível viajar pela América do Sul sem nunca ter ouvido ou falado uma única palavra em espanhol, suas férias serão mais práticas se você ao menos tentar se comunicar no idioma local.

Para isso, escute músicas e leia textos em espanhol antes da viagem.

É claro que você não terá a comunicação de alguém que já tenha estudado o idioma. No entanto, essa pequena familiarização com a outra língua já deixa os diálogos menos penoso.

Além disso, vale lembrar que uma dose de paciência e bom humor são fundamentais para não deixar um possível desentendimento linguístico te aborrecer.

Para começar os estudos, recomendo que leia o texto “7 situações em que não há portunhol que resolva [De Acuerdo?]” .

10- Comes e bebes

Mesmo que muitos ingredientes utilizados na culinária dos nossos vizinhos sul americanos sejam parecidos com o que utilizamos no Brasil, nem por isso deixamos de nos surpreender com os sabores latinos.

Em cada destino você encontrará especialidades e hábitos gastronômicos típicos daquela região que, consequentemente, acabam se tornando uma referência daquele lugar.

E você se dará conta que quando o assunto é comida, muitos clichês acabam se confirmando.

Culinária na América do Sul

Na Argentina e no Uruguai as carnes e vinhos não são famosos em vão.  Quem aprecia essa combinação, de fato, ficará muito contente por lá.

As empanadas, as medialunas, os alfajores e o doce de leite são outras iguarias amplamente consumidas nos dois países.

Além disso, quem gosta de sanduíches poderá provar um verdadeiro choripán argentino, ou um chivito uruguaio.

Outro país reconhecido internacionalmente pelo vinho de excelente qualidade é o Chile. Que por sinal, combina muito bem com outro alimento muito consumido por lá: os frutos do mar. É o lugar para se esbaldar com salmão, congrio, curanto, mariscal e ceviche.

Outros pratos chilenos tradicionais são a cazuela (sopa), e o pastel de choclo (uma espécie de escondidinho feito com creme de milho). Para tomar, além do vinho vale experimentar o mote con huesillos e o terremoto.

A culinária peruana, elogiada no mundo inteiro, faz jus a fama que tem.

O ceviche é o carro chefe nacional, porém, os sabores neste país vão muito além de uma única iguaria.

O lomo saltado, embora não seja muito surpreendente para os brasileiros, é muito saboroso e amplamente consumido.

Outros pratos a serem provados, são: ají de gallina, causa rellena, rocoto relleno e o cuy. Este último, algo parecido com um porquinho-da-Índia.

No setor para maiores de dezoito anos, sair sem provar um Pisco Sour é uma baita desfeita.

Na Bolívia, assim como em outras regiões andinas, as zilhões de variedades de batatas estão sempre à mesa.

As empanadas, também muito consumida em outros países, sofreram uma pequena modificação em terras bolivianas e recebem o nome de saltenha.

O pique macho, o majao e a truta, também são pratos típicos bolivianos.

A arepa e suas diversas variações estão no dia a dia de praticamente todo colombiano e venezuelano. Assim como o patacón, uma massa frita feita com banana verde.

Além disso, tomar sopa é outra tradição na Colômbia. Em qualquer menu executivo você receberá uma porção de caldo como entrada. Ou ainda, poderá prová-las como prato principal, pedindo os reforçados ajiaco ou sancocho.

Para matar a saudade do nosso arroz com feijão, uma bandeja paisa pode ser a saída.

Para beber, não deixe de experimentar os sucos de lulo, zapote, limonada de coco, e claro, o famoso café colombiano.

Finalmente, ao norte do continente, no Suriname e na Guiana, talvez esteja a maior surpresa culinária da América do Sul. Sabores de diversos lugares mundo se misturam com os ingredientes latinos, e formam um fervilhante caldeirão cultural. Espere encontrar forte influência da gastronomia indiana e oriental nesta região.

prato de ceviche

Ceviche

+ Dicas de mochilão na América do Sul

A seguir, responderei algumas dúvidas sobre a América do Sul que eventualmente pipocam nas caixas de comentários do blog.

Aliás, caso algo não tenha ficado claro ou você tenha outras dicas para organizar um mochilão pelos países sul-americanos, deixe uma mensagem no final do texto!

» Quais países pertencem à América do Sul?

No total, 12 países pertencem a América do Sul: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.

A Guiana Francesa, embora esteja por estas bandas, é uma região ultramarina da França.

» Qual o destino mais barato da América do Sul?

Embora essa seja uma informação que costuma variar ao longo dos anos, tanto por conta da situação econômica de cada país, como também pela valorização ou desvalorização do real diante da moeda local, costumam ser os destinos mais baratos na América do Sul: Bolívia, Paraguai e Peru.

Viajar pelo Equador também não costuma exigir rios de dinheiro. No entanto, o preço da passagem aérea é alto, e, como a moeda do país é dólar americano, atualmente já não é tão barato quanto antes.

» Quanto custa fazer um mochilão pela América do Sul?

É impossível estimar quanto custa fazer um mochilão na América do Sul sem saber por quanto tempo a pessoa viajará quais destinos farão parte do roteiro, e qual a necessidade mínima de conforto do viajante.

Para fazer as contas baseada na sua realidade, recomendo que leia o texto “10 passos simples para calcular os gastos da sua viagem”.

» Como fazer um mochilão na América do Sul com pouco dinheiro?

O primeiro passo para fazer um mochilão na América do Sul com pouco dinheiro é fugir dos destinos mais caros, como por exemplo, Chile, Uruguai e algumas partes da Argentina.

Além disso, quanto mais cidades você incluir no roteiro mais cara tende a ficar a viagem. Isso porque, os gastos com deslocamentos e passeios serão maiores.

E como em qualquer lugar do mundo, quem viaja na baixa temporada ou temporadas intermediárias gasta menos dinheiro – principalmente com hospedagem – do que viajando nos períodos mais concorridos.

Por fim, para mais informações sobre como fazer um mochilão na América do Sul com pouco dinheiro, recomendo que leia o texto “10 dicas eficazes para viajar gastando pouco”.

» Vale a pena contratar um pacote para fazer um mochilão na América do Sul?

Independente do nome que você quer dar para sua viagem (férias, expedição, mochilão ou simplesmente viagem), contratar ou não um pacote depende dos seus gostos e orçamento.

O que você deve saber é que para fazer um mochilão pela América do Sul, não obrigatoriamente você precisa contratar um pacote.

Pode ser uma boa ideia, por exemplo, para economizar com passagem aérea e hospedagem. Isso porque, para alguns destinos de massa, como Buenos Aires, Bariloche e Santiago, por conta do grande volume de vendas algumas operadoras conseguem ótimas tarifas.

Nestes casos, você pode comprar a passagem e a hospedagem e se organizar para fazer os passeios por conta própria. 

Acredito eu, no entanto, que mais importante do que a questão de contratar ou não um pacote, é não deixar de viajar.

Evite este erro no seu mochilão na América do Sul

Não contratar um bom seguro para sua viagem pela América do Sul é um erro do qual você não gostará de se arrepender. Ainda mais quando descobrir que ele pode custar muito menos do que você imagina.

Portanto, clique aqui e faça uma cotação online que compara os planos com melhor custo-benefício do mercado.

E, se sua viagem já estiver com as datas definidas, contrate um plano agora mesmo para não esquecer (e se arrepender) depois.

Murilo Pagani
Introvertido de carteirinha com picos de sociabilidade quando necessário ou depois de alguns goles de cerveja. Queria saber escrever bonito, mas cultivo um enorme apego à desculpa de que sou originalmente de exatas para justificar a minha falta de dedicação em combinar as palavras uma depois da outra. Espero que entenda!
Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Comentários:
Naiane disse:

Oi Murilo!!
Nossa que rico seu conteúdo!! Parabéns!

Estou planejando realizar meu primeiro mochilão pela América do Sul em abril de 2024. Quais países você indica para começar, sendo um mochilão de 20 dias.

Obrigada e muiiiito sucesso!!

Murilo Pagani disse:

Oi, Naiane, tudo bem?

Que bacana. Fico feliz em saber que gostou das dicas.

Depende do tipo de lugar que você quer conhecer. hehehehe

Em todo caso, em abril, um roteiro por Uruguai, Argentina e Chile funciona muito bem.

Abraço

Tatiana disse:

Falando em machismo, eu fui pra Venezuela ha algum tempo e tive o desprazer de ser assediada fisicamente por um homem enquanto estava de mãos dadas. O assediador ainda fez gestos pra quem estava comigo, tentando intimidar.
Confesso que de todos os destinos que conheço na America do Sul, um que me decepcionou bastante foi a Venezuela, por alguns motivos. Pouca limpeza, pouca cortesia e assédio, foram alguns deles. A falta de limpeza, inclusive nas ruas de Caracas me assustou.

Murilo Pagani disse:

Oi, Tatiana, tudo bem?

Caramba, que absurdo isso. De fato, não tem como ser uma boa viagem com tudo isso que você relatou.

Obrigado por deixar o seu comentário!

Abraço

RODRIGO disse:

Ola Murilo, conheci agora seu site, como vc faz para arrumar trampo no caminho ?

Murilo Pagani disse:

Oi, Rodrigo, tudo bem?

Vou deixar abaixo o link de dois textos que podem te ajudar, ok!?

> https://www.voltologo.net/como-encontrar-trabalhos-durante-viagem/

> https://www.voltologo.net/viajar-e-trabalhar-pelo-mundo-minha-experiencia/

Abraço!

felipe soares de aguiar disse:

Fala Murilo, tudo beleza?
No deslocamento de um país para o outro, aconselha ir de ônibus ou avião?
Vou fazer Equador, Colômbia e Peru.
Obrigado

Murilo Pagani disse:

E aí, Felipe. Tudo bem e você?

Depende do seu roteiro. Ou seja, se durante o caminho entre um país e outro tiver cidades que você pretende visitar por alguns dias, ir de ônibus pode ser mais prático.

Além disso, o orçamento também vai influenciar, já que as passagens de avião são bem mais caras.

Abraço!

Pâmela Kanepo disse:

Gostei muito do post. Obrigada. Eu tenho uma dúvida: Existe algum site, grupo, página ou outra plataforma que seja possível marcar viagens em grupo? Eu estou planejando um mochilão sozinha pela América do Sul e seria bom ir com alguém ou algum grupo. Pretendo fazer um mochilão de 90 dias. Obrigada!

Murilo Pagani disse:

Oi Pâmela, tudo bem?

Que bom que gostou das dicas!

Pâmela, não conheço nenhum site específico com essa finalidade! Ainda mais para uma viagem mais longa como a sua.
O que muitas pessoas fazem é utilizar grupos no Facebook para tentar conhecer outras pessoas que irão viajar para o mesmo destino e na mesmas época, para eventualmente combinar algum passeio juntos ou algo do tipo…

Mas no caso de um grupo fixo para a viagem toda, vou ficar devendo a informação!

Abraço

Estou planejamento meu mochilão pela América do Sul, e suas dicas são preciosas. Obrigado

Murilo Pagani disse:

Que bom que gostou, Christian!

Abraço

Gabriela disse:

Dicas essenciais para fazer um mochilão na América do Sul! Fizemos um de 45 dias e realmente tivemos que pensar em tudo o que você mencionou, especialmente câmbio e segurança…

Murilo Pagani disse:

Eeeei Gabi, beleza?!

Que massa, tô precisando fazer um destes mais longos! hahaha

Abraço!

Ahhh como não amar a América do Sul né? Ja estamos indo pela segunda vez ao Chile, agora com Atacama mas tem muitos lugares ainda que queremos conhecer por aqui. Você arrasou demais no post, realmente super completo. Gracias por compartilhar e um abraçón para você kkkkk

Murilo Pagani disse:

Conheci Atacama só o mês passado! O lugarzinho especial, viu!?

Acho que vão curtir!

Abraço

Bruna disse:

Ameeeei o bichinho do viajante que escucha reggaton…rsrsrs
Realmente muitos de nós não dá valor para os países da América do Sul e para a América Latina em geral e tem muuuitos lugares maravilhosos!
O grande risco de um mochilão pela América do Sul é a gente nunca mais voltar! =D

Murilo Pagani disse:

Eu fui picado por esse bichinho aí te tá difícil alguma coisa me fazer viajar pra outro canto, viu!?

hahahaha

Abraço

Isabella disse:

Oii! Tudo bem??
Eu vou fazer um mochilão na América do Sul e vou usar o work exchange do worldpackers nos destinos escolhi. Mas tem um problema em relação às passagens áreas, não vou ter todas as passagens compradas devido a incerteza do meu próximo destino e nem vou ter uma passagem de volta para o brasil. Você acha que eu vou ter algum problema com a imigração desses países?

Murilo Pagani disse:

Oi Isabella, tudo bem e você?

Que bacaaaana!
Na América do Sul, acho pouco provável que te peçam a passagem de volta. Ao menos em condições comuns de turismo nunca me pediram e nem ouvi falar que foi pedido a outros viajantes.

Na América Latina, isso é comum de acontecer no Panamá, Costa Rica, Belize e México.

Abração