O que fazer em Salvador: Roteiro de 7 dias

Sem delongas: é provável que toda e qualquer lista do que fazer em Salvador encontrada na internet não esteja realmente completa. Afinal, a capital baiana ostenta tantas possibilidades que é difícil reunir todas elas em um único texto.

Inclusive, saiba que não tenho a menor pretensão em dizer que este post sobre o que fazer em Salvador será o mais ajustado que você vai ler durante as suas pesquisas.

Ainda assim, reuni aqui os pontos turísticos históricos, as praias e os passeios mais legais que fizeram parte da minha estada de 10 dias naquela que foi a primeira capital do Brasil.

E o melhor: organizei as atrações em um roteiro de 7 dias em Salvador detalhando exatamente o que fazer dia a dia. Dessa forma, a logística da programação já está bastante otimizada para as andanças pela cidade.

Portanto, mesmo que você não queira um itinerário do que fazer em Salvador em 7 dias porque ficará menos tempo, basta escolher o circuito do dia que mais gostar para incluir na sua viagem.

Quantos dias ficar em Salvador?

Normalmente os viajantes aproveitam para conhecer Salvador quando estão indo a outro destino baiano. Porém, saiba que a capital da Bahia tem atrações suficientes para dedicar um roteiro inteirinho a ela.

Aliás, se considerarmos ainda passeios bate volta que podem ser feitos a partir de Salvador, dá para montar uma programação de pelo menos uma semana. Ou seja, é bem provável que você vá embora da cidade sem ter visitado tudo o que ela tem para oferecer.

Em todo caso, na minha opinião, o tempo mínimo necessário para visitar os principais pontos turísticos da área urbana de Salvador são dois dias inteiros. Considerando os dias de chegada e partida, que serão parcialmente perdidos com deslocamentos, o ideal é ter quatro dias disponíveis (três pernoites). Dessa forma, é possível fazer um roteiro clássico pelos cartões postais mais famosos de lá.

Ainda assim, se você puder organizar um itinerário com um ou dois dias extras, conseguirá aproveitar a viagem com mais calma. Inclusive, será possível até mesmo fazer tours à praias mais paradisíacas e que estão afastadas da capital.

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O que fazer em Salvador em 7 dias?

Deixarei a seguir uma sugestão de roteiro em Salvador para 7 dias. Na minha opinião, é a programação ideal para visitar os principais cartões postais da cidade e ainda ter tempo para ficar à toa de frente para o mar.

No entanto, saiba que com menos tempo já dá para fazer uma excelente viagem a Salvador e conhecer as suas principais atrações.

Aliás, indicarei a programação na minha ordem de preferência, sendo que os primeiros dias são os que considero mais essenciais. Ou seja, são as atividades que eu daria prioridade caso tivesse poucos dias para conhecer Salvador.

• Primeiro dia: Deslocamento + Basílica do Senhor do Bonfim
• Segundo dia: Pelourinho + centro histórico
• Terceiro dia: Rio Vermelho + Barra
• Quarto dia: Bate volta à Praia do Forte
• Quinto dia: Passeio à Ilha dos Frades
• Sexto dia: Dia livre em praia de Salvador
• Sétimo dia: Retorno

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Primeiro dia: Deslocamento + Basílica do Senhor do Bonfim

É provável que o primeiro dia de uma viagem a Salvador – assim como para qualquer destino – seja ocupado com deslocamentos, check-in e outros protocolos de chegada. Portanto, como o tempo livre não costuma ser muito, o ideal é não ter uma programação tão rigorosa e visitar as atrações próximas do hotel em que estiver hospedado.

No caso da capital da Bahia, porém, a minha sugestão é ir a um dos mais famosos pontos turísticos de Salvador, mas que está mais afastado das outras principais atrações: a Basílica do Senhor do Bonfim.

Distante a oito quilômetros dos bairros mais centrais, isso não foi impedimento para que a Basílica do Senhor do Bonfim se tornasse um lugares mais visitados em Salvador. O que é compreensível, afinal, a Lavagem do Bonfim é considerada a segunda maior celebração do estado, atrás apenas do Carnaval.

Enquanto o catolicismo reverencia o santo que dá nome ao templo religioso, no Candomblé a data é dedicada ao orixá Oxalá. E, juntas, as duas religiões são a maior prova do sincretismo religioso tão típico da Bahia e reúnem milhares de pessoas às ruas – sempre na segunda quinta-feira depois do Dia dos Reis (6 de janeiro).

Dá para visitar a Basílica do Senhor do Bonfim em cerca duas horas e ir por conta própria utilizando veículos de aplicativo. Uma corrida a partir da Barra, por exemplo, custa aproximadamente R$ 30,00.

Por fim, se possível, recomendo chegar à Basílica do Senhor do Bonfim por volta das 15h. Isso porque, dessa forma dá para visita-la gastando 1h e ainda dá tempo de seguir para outra atração de Salvador: o pôr do sol na Ponta do Humaitá, que está apenas a 1,5 quilômetros da igreja.

Alternativa para o primeiro dia em Salvador

Se esta programação de perfil religioso não faz o seu estilo, uma boa alternativa é visitar o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM). Apesar de estar mais próximo da área central – entre o Pelourinho e a Barra – encontra-se em uma área onde há poucos atrativos para complementar o passeio.

Ou seja, trata-se um lugar bastante conveniente para ir com pouco tempo no primeiro dia da viagem. Até porque, o MAM funciona apenas à tarde, de terça a domingo, das 13h às 18h.

Além disso, o passeio à tarde se torna ainda mais especial por causa do belo pôr do sol que se pode ver daqui.

Segundo dia: Pelourinho + centro histórico

É incontestável: se há que se escolher uma única coisa para fazer em Salvador, que seja visitar o Pelourinho – a vizinhança mais histórica e cultural da capital baiana.

Ainda assim, vale destacar: o Pelourinho é apenas uma parte do centro histórico de Salvador, mas não todo. Portanto, saiba que há outras vizinhanças pelos seus arredores que também merecem um passeio, como por exemplo, Santo Antônio Além do Carmo.

Na minha opinião, o ideal é reservar um dia inteiro do roteiro em Salvador apenas para recorrer a área histórica da cidade. Isso porque, dessa forma será possível fazer um city tour guiado (de manhã) e também entrar nos pontos turísticos que tiver mais interesse (à tarde).

Os principais pontos turísticos de Salvador que estão no centro histórico, são:

• Largo do Pelourinho
• Fundação Casa de Jorge Amado
• Casa do Carnaval da Bahia
• Escola Olodum
• Monumento da Cruz Caída
• Palácio Rio Branco
• Museu Casa do Benin
• Memorial das Baianas
• Elevador Lacerda
• Mercado Modelo
• Cidade da Música da Bahia
• Basílica Primacial de São Salvador, Igreja de São Francisco e Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos.

Além disso, saiba que também há bons restaurantes por esta região.

Podendo investir em uma baita experiência buffet à vontade com os sabores mais típicos da Bahia, vá ao Restaurante da Escola Senac. Por R$ 75,00, come-se sem limite diversos pratos da culinária local, como por exemplo, moquecas, sarapatel, ensopados, arroz com mariscos e outras delícias.

Se preferir uma comilança mais trivial, nos arredores da esquina das ruas Portas do Carmo com a J Castro Rabelo há cardápios com ótimo custo benefício. Alguns lugares para comer bem no Pelourinho, sem precisar gastar uma fortuna, são: Tropicália Rei do PF, Bar e Restaurante Cravo e Canela e Restaurante Cajueiro.

Free Walking Tour em Salvador (Pelourinho)

Uma boa maneira de fazer um primeiro recorrido na área histórica é com o Free Walking Tour Pelourinho. Trata-se de um passeio guiado em Salvador, gratuito, com duração de aproximadamente 2h30 e que apresenta aos visitantes as principais atrações da vizinhança.

Além de aprender sobre o contexto histórico dos lugares para conhecer em Salvador, este tipo de passeio é uma ótima oportunidade para encontrar outros viajantes e também conseguir dicas atuais e fresquinhas com os guias locais da atividade.

Os tours gratuitos no Pelourinho acontecem de segunda a sábado e geralmente há dois grupos por dia: às 9h30 e às 15h. Para participar basta fazer a sua reserva antecipadamente e comparecer ao local de encontro na data marcada.

Terceiro dia: Rio Vermelho + Barra

O terceiro dia deste roteiro é dedicado em visitar as atrações de dois dos melhores bairros para ficar em Salvador: Rio Vermelho e Barra.

Além de ser uma ótima vizinhança para se hospedar ou para curtir a noite, Rio Vermelho também é o endereço de uma das atrações mais visitadas em Salvador: a Casa do Rio Vermelho – local onde o escritor Jorge Amado e a sua amada Zélia Gattai viveram por 40 anos.

Mais do que reunir um impecável acervo sobre este casal que brincava como ninguém com as palavras, a casa preserva até hoje o astral mágico e afetivo que foi criado pelos antigos moradores.

Visite a Casa do Rio Vermelho pela manhã (abre às 10h) e depois almoce no próprio bairro. Dois bons lugares para uma refeição baianamente caprichada é o Restaurante Dona Mariquita e o Boteco do França.

Depois, direcione-se para a região da Barra, onde além de conhecer a Praia do Porto da Barra e a Praia do Farol da Barra, também poderá visitar outros pontos turísticos.

Em cada uma das pontas da Praia do Porto da Barra, por exemplo, há atrações culturais: o Espaço Carybé de Artes (no Forte de São Diogo) e o Espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana (no Forte de Santa Maria).

Já a Praia do Farol da Barra tem outras atrações em suas extremidades: o Farol da Barra (onde está o Museu Náutico da Bahia) e o Morro do Cristo (que entrega uma linda vista panorâmica da orla).

Por fim, vale mencionar também que o pôr do sol por estas bandas é um dos mais especiais que você terá durante as férias em Salvador.

Quarto dia: Bate volta à Praia do Forte

Um dos passeios em Salvador mais procurado pelos forasteiros é o bate volta que vai à Praia do Forte, localizada no município de Mata de São João, cerca de 90 quilômetros da capital do estado.

Embora o ideal fosse passar pelo menos uma noite neste simpático destino baiano, o tour de um dia é um excelente cartão de visitas. Aliás, além de ir à Praia do Forte, normalmente as agências de passeios incluem outra parada no itinerário: a Praia de Guarajuba.

Na Praia do Forte, além de aproveitar o mar e bater-perna pelo seu charmoso centrinho comercial, também é possível visitar uma das unidades do Projeto Tamar – que faz um trabalho primoroso de preservação da vida marinha, em especial, com as tartarugas.

Já na Praia de Guarajuba a grande atração são as piscinas naturais que se formam durante a maré baixa. Normalmente e quando possível, os passeios se organizam para realizar a parada nesta praia durante esse momento.

Por fim, para quem pretende fazer apenas um dos passeios bate volta em Salvador até as praias vizinhas, considero este tour o que entrega melhor custo-benefício. Isso porque, os deslocamentos são mais ágeis, o que consequentemente aumenta tempo livre de frente para o mar.

Quinto dia: Passeio à Ilha dos Frades

Localizada na Baía de Todos os Santos, a Ilha dos Frades já deixou faz tempo de ser um dos segredos de Salvador. Porém, essa porção de areia rodeada por um mar cristalino e muita vegetação, ainda é um dos lugares mais deslumbrantes para incluir no roteiro.

O maior senão é que para conhecer esse refúgio baiano é necessário dedicar um dia inteirinho da programação do que fazer em Salvador. Afinal, somente para chegar à ilha se gasta entre 1h30 e 2h de navegação.

As escunas saem do Terminal Turístico Náutico da Bahia, em frente ao Mercado Modelo, às 9h. O retorno para Salvador é às 15h30, com desembarque na capital por volta das 17h.

Na Ilha dos Frades, a grande atração e parada do passeio é a Ponta da Nossa Senhora de Guadalupe. Com uma faixa de areia plana, mar rasinho, água cristalina e rodeada de muito verde, essa praia entrega aquele cenário de praia-selvagem-paradisíaca-proteção-de-tela.

De frente para o mar, nem mesmo mesas e cadeiras poluem a paisagem natural. A estrutura é apenas de guarda-sóis e esteiras de palha sobre a areia. Ainda assim, em outro nível da praia há restaurantes que oferecem mais comodidades para os seus comes e bebes.

Sobre os custos deste passeio em Salvador, seguem alguns os valores:

• Escuna até a Ilha dos Frades: R$ 150,00 por pessoa.
• Taxa de visitação Ilha dos Frades: R$ 30,00 por pessoa.
• Porção de isca de peixe: entre R$ 80,00 e R$ 130,00.
• Refeição para duas pessoas: a partir de R$ 160,00.
• Cerveja 600 ml: R$ 20,00.
• Caipirinha: R$ 25,00.
• Suco: R$ 15,00.

Sexto dia: Dia livre em praia de Salvador

Depois de uma intensa programação de atrações e passeios para fazer em Salvador, é hora de enfim descansar em alguma praia. Talvez, sem precisar fazer longos deslocamentos para chegar ao tapete dourado de frente para o mar.

No entanto, sinto lhe informar que para realizar essa nada mole (contém ironia) atividade derradeira, a minha sugestão é esticar a canga na região norte da cidade. Afinal, para mim, é lá onde estão os melhores trechos para pegar um dia de praia.

Inclusive, dá para visitar três praias de Salvador no mesmo dia: Flamengo, Stella Maris e Itapuã. Flamengo, a mais distante das três, está a 30 quilômetros da Barra e uma corrida com carros de aplicativo custa em torno de R$ 50,00.

Além de uma faixa de areia a perder de vista, marzão com ondas e barracas e quiosques de frente para o mar, Flamengo e Stella Maris entregam um ambiente praiano onde você enfim conseguirá se esquecer de que está em uma grande cidade. Embora as ondas possam incomodar os viajantes que preferem um mar estilo piscina, durante a maré baixa elas perdem força e o banho fica menos cansativo.

Por lá, você encontrará desde quiosques simples que apenas alugam cadeiras, guarda sol e fornecem bebidas geladas, a restaurantes com mais estrutura e conforto. Nesta última categoria, a Barraca do Lôro e a Barraca Pipa são os grandes destaques.

Por outro lado, a Praia de Itapuã é uma legítima praia urbana onde a primeira impressão pode ser mais caótica do que a melodia da música Tarde em Itapuã nos fez acreditar que seria. Porém, saindo do burburinho da entrada do bairro, em direção ao farol, a faixa de areia se torna menos tumultuada e sem tanta interferência dos carros e comércios.

Além de uma boa quantidade de quiosques simples e sem firulas, a Praia de Itapuã se caracteriza por ter o mar ligeiramente mais agitado do que as praias mais centrais de Salvador. Ainda assim, não chega a ser um grande problema para os banhistas pois as ondas não costumam ser violentas.

Sétimo dia: Retorno

Assim como o primeiro dia de viagem, o último dia de passeios para fazer em Salvador costuma ser prejudicado pelos protocolos de despedida (check-out, deslocamentos e aeroporto). Por isso, a depender dos seus horários, talvez não seja possível incluir nenhuma atividade para final das férias.

Por outro lado, se acaso o retorno estiver marcado para o final de tarde ou à noite, a minha sugestão é passar o dia em alguma praia próxima da acomodação, revisitar algum lugar que tenha gostado muito, investir em andanças gastronômicas ou conhecer os pontos turísticos que ficaram faltando.

O que fazer em Salvador à noite?

A noite em Salvador, especialmente para os turistas, acontece em três vizinhanças que já foram mencionadas no texto: Pelourinho, Barra e Rio Vermelho, sendo esta última considerada mais boemia de todas.

Apesar de sua fama de mal encarado, o Pelourinho tem opções de bares e eventos para ir à noite. O maior burburinho é pelos arredores do Largo Terreiro de Jesus, onde se encontra, por exemplo, a sempre cheia e animada cachaçaria e boteco O Cravinho.

Além disso, o Restaurante O Coliseu realiza aos sábados, e às vezes terças e quintas, o show folclórico Bahia Night. O ingresso para apresentação + jantar custa R$ 180,00 por pessoa e é necessário fazer reserva antecipadamente.

Outra apresentação cultural para ir à noite no Pelourinho é Balé Folclórico da Bahia. As apresentações acontecem no Teatro Miguel Santana; as segundas, quartas e sextas; às 19h; e o ingresso custa R$ 100,00 por pessoa.

Já a Barra e o Rio Vermelho oferecem mais opções de bares estilosos, botecos com mesa na calçada, praças de alimentação e até mesmo casas noturnas.

No Rio Vermelho, o fervo mais intenso acontece pelos arredores do Largo de Santana, do Largo da Mariquita e da Praça Caramuru (Antigo Mercado do Peixe). Inclusive, são nestes largos que estão os acarajés mais famosos de Salvador: Acarajé da Dinha, Acarajé da Regina e Acarajé da Cira.

O que fazer em Salvador com chuva?

A principal atividade para fazer em Salvador com chuva é visitar os museus e pontos turísticos do Pelourinho. Embora seja desagradável na hora de ir de um canto a outro, é o bairro onde há maior concentração de atrações em ambientes fechados.

Melhor mesmo é evitar estar na capital baiana durante a época de chuvas mais intensas em Salvador: entre abril e julho. Apesar de não chover dia e noite o tempo inteiro, é comum haver aguaceiros dignos de filme durante dois ou três dias seguidos.

Consequentemente, alagamentos e dificuldades para se locomover podem fazer parte do roteiro em Salvador durante esse período. Além disso, os passeios à beira mar deixarão a desejar ao menor sinal de nuvens cinza no céu.

Por outro lado, sobre a melhor época para viajar a Salvador, costuma ser um bom negócio ir entre setembro e março, sendo que de dezembro até o carnaval é a altíssima temporada de verão – com muitos eventos acontecendo, cidade cheia e preços mais altos.

Para equilibrar bom clima em Salvador sem tanto auê, setembro, outubro, novembro e março são excelentes meses intermediários para conhecer Salvador. Eventualmente, até pode chover em alguns momentos, porém, nada que costume prejudicar o roteiro.

Murilo Pagani

Introvertido de carteirinha com picos de sociabilidade quando necessário ou depois de alguns goles de cerveja. Queria saber escrever bonito, mas cultivo um enorme apego à desculpa de que sou originalmente de exatas para justificar a minha falta de dedicação em combinar as palavras uma depois da outra. Espero que entenda!